Prólogo: A Implacável

Biotics.

Uma maldição que tenho desde criança. Transformaram minha vida num inferno desde cedo. Eu não sabia como controlar o poder que fluía pelo meu corpo.

Machucava pessoas sem querer, quebrava coisas.

Sempre odiei essa droga. Até o dia que comecei a aprender a controlar esse poder. Podia escolher quando e como utilizar. Quem e como matar.

Sim fui isso que me tornei, uma assassina. Treinei anos pra aperfeiçoar minha arte. Agora faço isso como ninguém.

Me concentro na porção que vejo do meu alvo e abraço a energia que me amaldiçoou por muito tempo. Deixo ela me guiar. Me transformar numa perfeita arma, pronta pra esmagar quem ficar no meu caminho.

- AAAAAAAAAAH!

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Biotic charge no alvo que está no meu campo de visão.

O membro 'Jane Hannigan' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd100' : 21

Hannigan surpreende um dos dois homens que discutiam semi-encobertos, o atingindo com um poeroso ataque biótico. Não há tempo para ele reagir devido ao impulso instantâneo da habilidade utilizada que o faz ser atirado contra a parede metálica do lado oposto da sala.

Após a colisão o homem que vestia uma armadura marrom como a do salarian, cai no solo, possívelmente sem vido devido ao impacto do golpe da tenente somado à colisão contra a parede.

O outro homem estava a menos de 4 metros, ele vestia roupas semelhantes as dos trabalhadores da estação e entra em pânico com a cena.

Desconhecido: - M-Meu Deus!!! Q-quem... o que é você!? E-eu não fiz nada! Por favor, sou inocente eles são os mercenários que mataram todos, sou inocente veja faço parte da equipe da estação!

Apesar das palavras do homem, ele segurava uma smg apontada para Hannigan. Mas aparentemente não tinha condições de disparar, pois estava tremendo diante da tenente.

Observo o mercenário que nocauteei e volto minha atenção para o outro que usava roupas de funcionário. Antes que ele termine de falar avanço na direção do S.O.B e bato nele com o cabo da minha arma tentando fazer ele cair e soltar a arma que tinha nas mãos.

As coisas se encaixavam perfeitamente, tudo fazia sentido e se eu estiver certa esse daqui merece um tratamento especial.

Enquanto ele se recuperava do meu golpe pressionei um botão no meu omni-tool para que começasse a gravar o áudio da sala.

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golpe com o cabo da arma.

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'd100' : 55

O homem é surpreendido pelo golpe de Hannigan que o faz perder o equilíbrio fazendo-o dar alguns passos para trás e cair sentado.

Dava pra notar que ele começara a sangrar pelo nariz, fazendo-o usar uma das mãos para tentar estancar o sangue.

Desconhecido: - O q-que diabos... eu já disse que não tenho nada a ver com isso! O-o que você quer dinheiro? Me diga quanto!

O homem estava visivelmente nervoso, olhava para o mercenário caído do outro lado e para a tenente parecendo não acreditar no que estava acontecendo.

Chuto o rosto do infeliz quando ele termina de falar pra ficar de bico calado e aponto minha shotgun pra ele.

- Cala a boca, não mandei falar ainda! De costas pra mim e de joelhos, ANDA!

Tento obrigar ele a ficar de joelhos e de costas, assim encosto a arma na nuca dele pra começar meu interrogatório.

- CONFESSA! Já sei que os mercenários não atacaram sozinhos. A mulher morta no posto de observação comprova isso. Há provas claras que foi alguém de dentro, foi VOCÊ NÃO FOI?! Deve ter sido divertido atirar contra alguém que não estava esperando não é mesmo?! Se sentiu o máximo não foi?! E agora me diz o que vai sentir se eu enfiar uma bala na tua cabeça!

- Vou contar até 3 pra você começar a falar e não brinca com a minha paciência... 1...
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Rolagem pro chute.

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'd100' : 58

O homem é golpeado mais uma vez, deixando sua arma cair e após agonizar com a dor do chute acaba seguindo as ordens de Hannigan, ficando de joelhos e de costas para ela.

Desconhecido: - OK! OK! E-eu confesso droga! Íamos vender os containers de minério para o mercado negro, eu ficaria com uma parte do pagamento, o suficiente pra viver o resto da minha vida sem precisar trabalhar no fim do mundo como fazia aqui!

O homem parece gemer um pouco e suspira. Parecia mais aliviado.

Traídor da estação: - Disse o que queria, agora se você quiser pode ficar com a minha parte e a dele - olhando de lado para o que estava morto - é só você me deixar ir que te passo os contatos para receber o pagamento! Você está nisso por dinheiro não é? Pode lucrar muito com isso!

Desligo o gavador de áudio assim que o homem termina de confessar fazer parte do grupo, escutando a oferta dele em seguida, o que me faz começar a rir.

- ha-ha-ha... já tenho meu relatório. Não preciso mais de você, agora vá negociar com o capeta.

Aperto o gatilho de novo, como já fiz tantas vezes. Um gesto que já faz parte de mim, é como respirar.

Não há remorso, este homem era um criminoso, um traidor. Traiu a todos que confiavam nele, que conviviam com ele e que nunca esperavam esse tipo de coisa.

Ele é bem pior do que eu e não merece minha compaixão. E mesmo se merecesse, eu não tenho esse tipo de sentimento.

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Se precisar de teste aí vai...

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'd100' : 67

Hannigan dispara contra o homem que já estava sem condições de revidar demonstrando grande frieza.

Aparentemente ela havia resolvido caso. Seguindo sua linha de pensamento os criminosos eram 3, sendo um deles parte da equipe da estação. No entanto, nem o seu raciocínio, nem os seus instintos previram a arma que estava apontada para sua cabeça.

Quem quer que seja, se aproximou enquanto ela estava tratando com o traidor. De forma sorrateira. Ele estava atrás da tenente com a arma encostada no capacete dela.

Voz rouca: - Você é muito boa, tenho de admitir. Poderia trabalhar pra mim, ou ser minha sócia, tenho certeza que valeria muito mais do que qualquer um desses idiotas.

A voz masculina do indivíduo atrás da tenente tinha um timbre característico de um Drell. Ele parecia bastante calmo diante dela.

Voz rouca: - Me responda uma coisa, qual é a sua motivação? Não é apenas cumprir uma missão e escrever um relatório para seus superiores, não é mesmo? Me diga qual é, talvez possamos chegar a um acordo e eu não tenha que apertar o gatilho.

Estava satisfeita com a missão até aqui, mas ainda faltava algo. Onde estava a emoção do combate? De sentir minha vida por um fio?

A resposta chegou rápido. Drell. Rápido e silencioso, faz sentido. Eu não estava esperando por isso. Mas se ele acha que me encurralou está muito enganado. Talvez eu deva deixá-lo acreditar nisso.

- Você deve ser o cabeça do grupo... estava imaginando que não tinha sentido um grupo de imbecis como este ter bolado esse ataque. E tinha razão.

Não sou de firulas com as palavras, então vou ser direta mesmo.

- O seu amigo me ofereceu dinheiro e está morto. O meu prazer não está no conforto, mas sim no campo de batalha, na incerteza da vida e da morte. O sangue dos meus oponentes é como o vinho, que me nutre e me deixo embebedar.

- Se entregando meus relatórios recebo novas oportunidades como esta, o continuarei a fazer sem reclamar.

Drell: - Você fala bonito pra uma assassina. Sabe acho que está no lugar errado.

O Drell continuava a conversar de forma casual, parecia bastante tranquilo, apesar disso, continuava com sua arma apontada pra Hannigan. Pelo posicionamento em que ele se encontrava, a tenente não conseguia ver que tipo de arma ele tinha em mãos.

Drell: - É muito comum vermos pessoas que se tornam bandidos ou mercenários por não conseguir outras oportunidades na vida. No entanto, há outras que dariam tudo pra ter esse tipo de vida. Você é esse tipo de pessoa.

Drell: - Por que esperar por ordens se você pode ir onde quiser e fazer o que quiser a qualquer hora e em qualquer lugar? O que você está esperando pra deixar o sistema que faz parte e buscar seus próprios desafios? Eu posso te oferecer isso...

Começo a rir novamente, quase silenciosamente. Tentei me conter mas não foi possível.

- O que você acha que sabe sobre mim? Eu sou uma assassina, sim, nisso você está certo. Mas minhas presas são pessoas como você e ele. Pessoas que se acham superiores, que tem ambições maiores do que devem. Sou uma assassina de assassinos.

Fico em silêncio. Respiro. Sinto uma sensação de êxtase se espalhando pelo meu corpo. Não posso controlar.

- AAAAAAAH!!
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Nova.

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'd100' : 34

O Drell é pego de surpresa pela onda de energia gerada por Hannigan, que o faz girar no ar e ir de encontro com o solo. No meio do movimento ele ainda disparou sua arma, mas o tiro atingiu a parede atrás de Hannigan.

O impacto é tão forte que uma rachadura se forma no crânio do Drell que ainda tenta se levantar, mas suas energias se esvaem e ele cai sem vida após pronunciar:

Drell: -M... monstro...

O momento climático é interrompido por uma nova voz que surge no ambiente.

Voz masculina: - Isso foi imprudente...

Olhando na direção de onde vem a voz, Hannigan vê um homem, trajando uma armadura negra com uma listra vermelha e duas listras brancas sobre o braço direito. No peito da armadura ela ainda pode ver a inscrição "N7".



Soldado N7: - Se o tempo de reação dele fosse 1 segundo mais rápido, você estaria com um ferimento grave agora.

O homem estava com uma pistola na mão, mas logo a guardou e começou a se aproximar de onde estava a tenente.

Quando finalmente acredito que tudo terminou, surge uma nova pessoa. Porém agora é diferente, um soldado trajando uma armadura N7. O que estaria fazendo aqui? Seria parte do grupo criminoso?

Ergo minha shotgun na direção dele e fico atenta aos seus movimentos.

- Quem é e o que faz aqui? Estava me seguindo? Me vigiando? Explique-se.

O homem diante de Hannigan ergue as mãos e retira o capacete, se apresentando.



Shepard: - Sou o comandante Shepard. Vim atrás de você sim. Fui informado de que você estaria neste planeta em missão e encontrei o seu piloto próximo daqui. Recebi ordens de levá-la comigo para dar prosseguimento ao seu treinamento N7.

Hannigan já tinha escutado muitas histórias do lendário comandante durante toda sua carreira militar. E não era raro usarem ele como exemplo na Vila Militar durante seu treinamento N7.

A aparencia batia com as imagens divulgadas do comandante, apesar dele aparentar estar entre 45 anos, quando teria em torno de 55. Mas levando em conta os avanços tecnológicos e os implantes cibernéticos que ele deve possuir, não é de se estranhar que ele pareça mais novo do que deveria.

Shepard? Pergunto pra mim mesma.

- Shepard...?

Repito em voz alta inconscientemente. Este é... não.

- Isso não faz muito sentido. Não entendo por que mandariam alguém como Shepard assumir meu treinamento. Sou apenas um soldado como qualquer outro.

Posso ter conseguido algum destaque em meu treinamento durante o programa ICT, mas não para isto. Se metade do que ouvi sobre este homem é verdade, não faz o menor sentido ele estar aqui na minha frente, dizendo que vai ser meu "instrutor".

Continuo apontando a arma para ele, ainda não aceitando no que disse.

Shepard não parecia intimidado pelo fato de ter uma arma apontada para ele.

Shepard - Olha, eu sei que pode parecer estranho. Mas segundo o que li e ouvi sobre você, é uma grande agente, apesar de ter uma personalidade difícil. Talvez por isso me indicaram para treiná-la. A Aliança precisa de soldados como você, destemidos e habilidosos. No entanto, seus superiores estão preocupados com o seu futuro sem um devido encaminhamento.

Ele cruza os braços e fica olhando para tenente por algum tempo.

Shepard: - Venha. Vamos até minha aeronave, lá você pode fazer contato com os seus superiores e confirmar tudo isso.

O comandante ergue a mão direita na direção de Hannigan, no intuito de cumprimentá-la e fica aguardando sua reação.

Pensei em disparar para ver se ele desviaria, mas não o fiz. Não sei por qual motivo ao certo, mas se fosse o verdadeiro Shepard ele sobreviveria de alguma forma.

Relutante guardo minha arma e começo a andar até passar por ele. Não olho de lado, vou seguindo para a saída.

Ainda não estava acreditando muito nisso, mas por hora iria tentar não questionar. Querendo ou não, se Shepard for real, essa talvez seja a maior oportunidade da minha vida e o que busquei por todo esse tempo...

Shepard dá um sorriso e baixa a mão que estava estendida, seguindo a tenente. Os dois deixam a estação indo até o ponto de desembarque inicial.

O piloto de Hannigan não estava mais no local e, no lugar deste, um outro veículo kodiak os aguardava. Subindo no veículo, este levanta vôo e rapidamente deixa a atmosfera do planeta.

Shepard: - Quando chegarmos em minha espaçonave você pode enviar o seu relatório e fazer contato com seus superiores, ok?

O mini-ônibus espacial parece estacionar e a porta se abre, do lado de fora, um hangar.

(hangar)

Eles já estavam dentro da espaçõnave de Shepard que deixa o veículo e olha para Hannigan.

Shepard: - Vamos.

Fico em silêncio durante todo o percurso, alguns pensamentos passavam pela minha cabeça, mas tentava não focar em nenhum deles.

Logo percebo que já estamos dentro da nave de Shepard. Desço do kodiak e vou seguindo ele até o local onde faria contato com meus superiores.

Olhava o interior da nave, mas não prestava muita atenção aos detalhes.

Shepard caminha até o elevador e aguarda que Hannigan adentre, em seguida pressionando o botão que comandava o elevador para outro piso da espaçonave.

A porta metálica logo se abre revelando o CIC, até chegar na sala de comunicações, onde Shepard pressiona alguns botões na interface que fazem com que o superior direto de Hannigan, almirante Vega seja contactado.

Uma projeção holográfica é formada do almirante assim que a conexão é estabelecida.


*off.: Vega obviamente parece bem mais velho que esta imagem, com cabelos grisalhos, mas continua em boa forma física.

Vega: - Shepard! Vejo que trouxe Hannigan com você. Aposto que não foi fácil convencê-la...

Shepard: - Não foi tão difícil assim Vega, Hannigan é um bom soldado.

Vega: - Claro que é... principalmente se você quiser alguém que cumpra uma missão custe o que custar...

Shepard: - Ela me lembra alguém no passado que costumava fazer manobras suicidas em kodiaks...

Shepard olha para Vega e dá um pequeno sorriso. Vega coça a cabeça pego de surpresa pela afirmação.

Vega: - Me espanta você ainda lembrar disso... mas deixando a conversa de lado. Como foi a missão Hannigan?